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Moçambicanos devem manter fé e esperança

Data: 12/04/2017
Moçambicanos devem manter fé e esperança

Através das vossas mensagens, soubemos que Mabalane registou muitas realizações, mas ainda estamos longe de atingir a meta. Soubemos que se preocupam e estamos todos preocupados com os ataques da Renamo, mas devemos defender a paz o máximo possível, dialogando sobre a unidade e a 

por : Brígida da Cruz Henrique/Moçambique

 paz, e nunca recorrer ao bastão “nduku” ou “txigomba” “xiboko”, para ultrapassarmos as nossas diferenças. Devemos, sim, nos debruçarmos sobre esse bem imensurável todos os dias, na família, no cal de trabalho… o diálogo é para dos; é responsabilidade do governo, por isso está em negociações com a Renamo”, iniciou assim o comício em Mabalane, orientado pelo Presidente da República, Armando Guebuza.

“Mabalane  fica a norte da província de Gaza,  numa  superfície  de  9.580 quilómetros  quadrados,  com  32.752 habitantes,  densidade  populacional  de 3,4 habitantes por quilómetro quadrado, de  acordo  com  o  censo  de  2007.  O distrito  é  composto  por  três  postos administrativos,  por  sua  vez,  com  10 localidades. A actividade predominante é a agro-pecuária.

Mabalane faz fronteira com Chicualacuala, a  norte  e  leste  com  o distrito  de  Chigubo,  a  sudeste  com  o distrito de Guijá, a sul com o distrito de Chókwè e a sudoeste  faz  limite com o distrito de Massingir. É naquele distrito que  a  população,  na  sua  mensagem, encorajou o governo a prosseguir, com da a paciência, com o diálogo que vem mantendo com a Renamo, desde o ano passado.

Depois de  repudiar veementemente os ataques  armados  da  Renamo,  a população  de Mabalane,  representada pelo  líder  Filipe  Joshua,  pediu  o  fim imediato  das  mortes  e  destruição  de bens.

“A  guerra  terminou  em  1992  e  houve eleições  em  1994.  Temos  vindo  a trabalhar com afinco, para melhorar as nossas  condições  de  vida  e,  por conseguinte, desenvolver o país, e não queremos  regredir”.

  “Eu  perdi  toda  a minha  família  numa única bala. Vivi o espectro da guerra. Sei o  que  é  isso,  por  isso,  basta  de destruições. Crescimento,  desenvolvimento e bem-estar é, hoje, a palavra  de  ordem  em  Mabalane”, afirmou,  por  seu  turno, Abel Chaúque, um dos 10 cidadãos convidados a  falar.

“Não  importa  o  tempo  que  o  diálogo durar. Só queremos que haja resultados positivos,  que  conduzam  ao  fim  das hostilidades”,  concluiu  Filipe  Joshua, líder comunitário.

Depois de agradecer pelas  realizações alcançadas  e  pelo  impacto  dos  sete milhões de meticais em Mabalane, bem como  reagindo  à  mensagem  da população, o Presidente da República, Armando  Guebuza,  assegurou  que  o governo  continuará  a  dialogar  com  a Renamo,  "para  levála  a  compreender que  o  país  quer  a  paz  para  poder continuar  a  desenvolver”,  anotou  o Chefe do Estado, instando, entretanto, a população  a  privilegiar,  em  todos  os momentos da sua vida, a unidade entre os cidadãos a  todos os níveis, em defesa da  paz,  condição  primordial  para  o desenvolvimento do país.

“A unidade é algo sobre a qual devemos nos debruçar, pensar, construir e cultivar em  todas as circunstâncias, na  família, no  local  de  trabalho  e  organizações sociais. Os moçambicanos devem estar unidos,  como  se  unem  as  famílias quando um membro contrai matrimónio”, observou  o  Presidente  da  República, acrescentando  que  Moçambique independente  surgiu  por  causa  da unidade,  a  unidade  de  todos  os moçambicanos, por isso,  “continuaremos, no máximo, a dialogar em  prol  da  paz  e  da  tranquilidade nacional”.