Ponteca da Maxixe não é segura para grandes barcos

Data: 24/11/2017
Ponteca da Maxixe não é segura para grandes barcos

A TRAVESSIA na baía de Inhambane, ligando as cidades de Maxixe e Inhambane, continuará a ser feita por pequenas embarcações com motor fora do bordo, por muito tempo, por falta de segurança para as operações de atracagem das duas grandes embarcações na ponte cais alternativa construída de material local, na cidade da Maxixe.

A directora provincial de Transportes e Comunicações, Acissa Carimo, afirmou semana passada que os ensaios realizados recentemente, para atracagem dos dois barcos maiores da empresa Transmartima de Inhambane, deram negativo, porque durante as manobras de atracagem os barcos batem com muita força na estrutura e de forma obliqua, e a ponte, feita de estacas de simbire e com este embate a acontecer muitas vezes, pode danificar toda a sua estrutura, o que resultaria em tragédia, daí a decisão de interditar a circulação de grandes embarcações até à reabilitação da ponte cais danificada pelo ciclone Dineo, em Fevereiro.

“Nada se pode fazer mais. Só podemos esperar até à reposição da ponte normal. Não podemos negociar vidas humanas. Preferimos continuar com as soluções alternativas com recurso a pequenas embarcações que perigar a vida das pessoas usando barcos grandes”, disse Acissa Carimo.

Mesmo reconhecendo que colocar fora de acção os barcos da Transmarítima significa deixar mais de 50 trabalhadores desta empresa sem ordenados, situação que se verifica desde a destruição da ponte da Maxixe, Acissa Carimo disse não haver outra solução senão esperar pela reabilitação da infra-estrutura.

“O Governo reconhece a situação que passam as famílias dos funcionários da Transmarítima por falta de salários, já que a sua fonte de receita, os barcos, não está a funcionar, mas também não se pode colocar em risco vidas humanas. Um dia teremos a situação resolvida”, sublinhou Acissa Carimo.

Sobre a reabilitação da ponte, explicou que decorre o processo de levantamento das necessidades com vista a determinar o real orçamento, e partir daí será adjudicada a obra ao empreiteiro que satisfazer os requisitos necessários, de acordo com a natureza da engenharia requerida e a disponibilidade financeira.

Recorda-se que a ponte cais da Maxixe foi danificada pelo ciclone Dineo que fustigou algumas zonas da província de Inhambane em Fevereiro. Com a força dos ventos os pilares da plataforma flutuante empenaram, as braçadeiras cederam e como consequência a plataforma móvel ficou sem suportes, desprendendo-se da estrutura de betão e deslocando-se, encalhando sensivelmente a 100 metros num banco de areia.